segunda-feira, março 15, 2010

Tecnologias da Comunicação Áudio e Vídeo - Actividade Final
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segunda-feira, fevereiro 08, 2010

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Tecnologias da Comunicação Áudio e Vídeo - Actividade 2

terça-feira, dezembro 15, 2009

Trabalho "Programa de Rádio" para a disciplina de Tecnologias da Comunicação Áudio e Vídeo

domingo, dezembro 13, 2009

História da Comunicação


Há 400 mil anos o homo erectus já expulsava grunhidos e gestos como forma de se expressar. A produção de linguagem começou nos Neandertais, faziam uso de desenhos nas paredes e nos solos para marcar a sua presença e relatar o seu quotidiano aos seus descendentes. Mal sabiam que marcavam ali o inicio daquilo a que chama-mos hoje comunicação. A utilização de símbolos para se comunicarem e registar factos deu origem à linguagem e mais tarde à fala como a conhecemos hoje.
Há aproximadamente 3000 a.C. surge a escrita pelo povo Sumério na Mesopotâmia, pouco tempo depois sobre a influência da Suméria surgem os hieróglifos Egípcios e a escrita na Índia. Os Gregos no ano 800 a.C. começam a separar as consoantes das vogais e criam o alfabeto completo. Com a evolução dos processos de comunicação surge definitivamente a escrita que liberta o cérebro da difícil tarefa de memorizar, com esta nova ferramenta o Homem descobre que o saber pode ser armazenado fora do seu corpo e é possível deixar registos que poderão ser vistos por outras gerações. A palavra escrita torna-se sagrada e os livros pilares das religiões. Depois de existir um alfabeto e uma linguagem era necessário um suporte físico para ser possível comunicar, é em 105 d.C. por intermédio de Cai Lun que surge o papel feito com fibras de bambu. Em 1438 o alemão Guttenberg desenvolve uma prensa que revolucionará todo o processo gráfico. Nascem então os primeiros jornais na Europa, levando a informação que antes era propagada em sons e agora também em escrita. Quase 400 anos depois a história relata a primeira fotografia que se conhece, nasce então a imagem.
Não contente com esta evolução, o Homem procurou novas revoluções, vendo no ar um meio mais dinâmico e democrático do que o papel. Em 1835 surge o telégrafo eléctrico, inventado por Samuel Morse, que se baseava num código constituído por traços e pontos. Anos mais tarde Alexander Graham Bell deu a conhecer o telefone eléctrico, que juntamente com o telégrafo possibilita a comunicação instantânea que funcionam quase como extensões do corpo humano. O desejo de comunicar entre países faz com que surjam as ondas de rádio por intermédio do italiano Guglielmo Marconi, em 1894. Ondas essas que encurtam distâncias, levando som e informações por toda a parte. Já com o domínio da escrita e do som faltava somente fazer o mesmo com a imagem. No final do século XIX os irmãos Lumière inventam o cinematógrafo que possibilita a captação de imagens e posteriormente projectá-las em movimento através do uso de sucessivas imagens. A invenção do cinematógrafo possibilita o aparecimento da televisão em 1927. Quando se pensava que já tudo estava inventado surge em 1969 a ARPANET nos Estados Unidos da América, aquilo a que hoje chamamos de Internet. No início era utilizada pelos meios militares e posteriormente na educação. Hoje em dia tudo é digital, o som, a imagem e até o texto. A Internet agregou em si todos os outros meios de comunicação, TV, Rádio, Jornais… Qual será a próxima evolução… ?


Para Jean Cloutier, a comunicação é uma actividade cumulativa (novos média juntam-se aos actuais, em vez de os substituírem), um acto deliberado (é desempenhada pelo Emerec [1] de acordo com os objectivos definidos que constituem as funções da comunicação) e um processo (não é estática, pois os mecanismos da comunicação são dinâmicos).
Para Cloutier a História da Comunicação divide-se em quatro episódios que se sobrepõem.


Comunicação Interpessoal

No princípio da sua existência, as formas de exteriorização de que o Homem dispunha eram o gesto e o som, que lentamente foi aprendendo a usar de forma a produzir significados. A comunicação no Homem diferencia-se fundamentalmente da do animal porque é dinâmica: evolui com cada geração. Essa evolução atingiu um pico com a palavra: uma complexa organização de sons que já não depende do gesto para ser compreendida.
A comunicação interpessoal caracteriza-se por ser sintética (é fundamentalmente audiovisual, embora a presença física dos interlocutores permita interacções de todos os sentidos), integral (está necessariamente afecta a um contexto espaço-temporal que facilita a integração e hierarquização numa única interpretação), e subjectiva (duplamente, porque depende da personalidade e do tipo de relação dos interlocutores).
Este tipo de comunicação têm limitações espaço-temporais muito evidentes (para que a comunicação exista, os interlocutores têm de estar no mesmo sítio ao mesmo tempo), o que criou a necessidade de mensageiros, homens-media, que prolongassem o tempo de vida da mensagem. Nasce então a transmissão oral, que cria a primeira forma de herança cultural.
A comunicação interpessoal é usada para transmitir informações utilitárias que auxiliam na satisfação das necessidades básicas, como locais de caça. A educação é caracterizada pela transmissão inicial de pais para filhos, e pela transmissão dos filhos para os pais, depois de aprenderem por eles mesmos novos conhecimentos. Esta bidireccionalidade na transmissão da informação é possível graças à acumulação de saber e de saber-fazer ao longo das gerações.


Comunicação de Elite

Nesta segunda fase, o Emerec tem a preocupação de transpor objectos e ideias para obras com vida própria, exterior à dele. A separação dos sentidos, audição e visão, permite a criação de linguagens unidimensionais, que se baseiem apenas num sentido. Nascem então as primeiras formas de telecomunicação: o tam-tam (comunicação através do som produzido por tambores) e os sinais de fumo. Outra evolução é a atribuição de valores simbólicos a objectos (como o dinheiro), que fazem evoluir os sistemas de comunicação gráfica.
A transposição vai por um lado permitir a representação da percepção individual da realidade, e por outro, dispensar os homens-media (a possibilidade de guardar uma mensagem num suporte físico já estende a sua abrangência no espaço e no tempo). Nasce a escrita fonética: um conjunto de símbolos que transcreve visualmente os sons (quando até agora só existiam pictogramas ou, no máximo, ideogramas) que compõe a palavra. A scriptosfera é quase uma tentativa de comunicação “a-sensorial”, uma vez que a informação que transmite é fruto da interpretação de símbolos (processo mental), e não da percepção sensorial.
A escrita era exclusiva dos que conseguiam codificar e descodificá-la. O poder da comunicação era exclusivo dos que sabiam escrever. Este facto leva a uma organização elitista de estruturas sociais e institucionais. O conhecimento que tradicionalmente era transmitido de geração em geração, é agora ensinado pelos especialistas que o dominam.
A comunicação de elite está bem patente na informação, em que, por motivos políticos, esta é vedada aos não privilegiados, com o intuito de vincar hierarquias. Estas hierarquias encontram-se bem presentes também no ensino em que o professor, mestre do conhecimento, ocupa uma posição hierárquica superior ao aluno, seu subordinado. Na política, a “lei do mais forte” é questionada, e é criada a necessidade de merecer o cargo de líder, convencendo os eleitores, podendo ser usada a propaganda. O espectáculo e a arte ganham importância, com a crescente importância da transposição. A distracção deixa de ser tão inclusiva, e o Emerec torna-se exclusivamente um espectador.


Comunicação de Massa

Muitos anos após a invenção do registo em suporte físico, deu-se o seguinte passo evolutivo: tornar a informação acessível a toda a gente, isto é, amplificá-la. As pessoas dividem-se em produtores e receptores de conteúdo. A tecnologia permitiu novos e diferentes media que recaem em duas categorias: os baseados na difusão (imprensa escrita, cinema, rádio e televisão), e na edição (livro, disco, cartaz, documento audio-visual...). Os primeiros são perecíveis, e só são acessíveis no momento da sua difusão. Os segundos são bens de consumo, acessíveis quando se quiser.
A comunicação de massas revoluciona a informação. O Emerec actua como um consumidor de informação, que pretende saber tudo o que lhe é mostrado, independentemente dos seus interesses. Pela mesma razão, a educação nas escolas está comprometida: o uso quase exclusivo da linguagem verbal falada e a manutenção de uma hierarquia entre professor e aluno são menos atractivas do que a grande variedade de linguagens sintéticas audioscriptovisuais que, infelizmente, são de difícil apreciação qualitativa. A publicidade é a forma de animação mais eficaz. O consumidor é convencido pelos anúncios, que recebe em diferentes media, de que precisa de um produto e o tem de comprar rapidamente. A postura de passividade é acentuada, na distracção, pelos mass media. O Emerec habitua-se a ver fazer, seja no cinema ou no desporto.


Comunicação Individual

A democratização dos meios de produção abriu as portas a um novo tipo de comunicação. Os Homens já não se dividem em produtores e consumidores. O Emerec não é apenas informado; ele próprio informa e se informa. Existe agora a comunicação individual, em que o Emerec produz em pequena escala, recorrendo aos self-media, com o intuito de rever ou partilhar com pequenos grupos (família, amigos, alunos, colaboradores...) as suas próprias produções.
O Emerec pode agora, mais facilmente que nunca, não só actuar como um produtor de informação, como ter muito mais controlo, devido à crescente variedade, pelo que quer receber. Esse controlo também se repercute na educação: o professor deixa de ser a única fonte de aprendizagem, agora que as novas tecnologias permitem e encorajam cada vez mais o auto-didactismo. Na animação divide-se em social e cultural. A cada um é dada a oportunidade para se expressar em centros culturais, e aos animadores sociais recai a tarefa de auxiliar os outros na comunicação e na procura de soluções de problemas. O Emerec agora tem a distracção quase como a sua actividade principal. Não se contenta em ser espectador, e procura ser um interveniente directo.



[1] Aglutinação das palavras francesas “Emetteur” e “Récepteur”. O Emerec é um ser humano comunicacional, capaz de enviar e receber mensagens.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

sábado, dezembro 05, 2009